sexta-feira, 16 de março de 2012

Resenha: Ikusa no Ko - Oda Saburou Nobunaga Den (PRIMEIRAS IMPRESSÕES)

Autor: Seibo Kitahara(roteiro) e Tetsuo Hara (arte)
Gênero: Ação, aventura.
Período de Serialização: 2011-em andamento
Serialização: Comic Zenon (Tokuma Shoten)
Número de Volumes: 2 (até o momento)

A recentemente extinta Comic Bunch era uma revista cheia de altos mangás legais. Muitas dessas obras eram de autoria de mangakás que costumavam fazer bastante sucesso nas antigas e a revista era conhecida por abrigar boa parte dos vários spin-offs e gaidens do universo Hokuto no Ken criado por Tetsuo Hara e Buronson (também conhecido como Sho Funimura, o autor do aclamadíssimo Sanctuary, que saiu na Big Comic Superior e chegou a ter 6 volumes lançados aqui no Brasil antes de ser cancelado pela Conrad). Além de Hokuto no Ken, Tetsuo Hara ficou famosíssimo por vários mangás históricos sobre bravos guerreiros que realmente existiram nos tempos do Japão feudal, entre esses mangás, podemos citar o épico sobre Keiji Maeda, "Hana no Keiji - Kumo no Kanata ni" que saiu na Shonen Jump nos anos 90. Mas agora com a queda da Bunch, que deu origem a uma nova revista, a Comic Zenon, Tetsuo Hara, junto com o ovato Seibo Kitahara, nos trazem mais uma obra histórica sobre outra personalidade importante para a história do Japão. Conheçam neste post, o mais novo sucesso da Comic Zenon, "Ikusa no Ko", a história de
Oda Nobunaga.





[Aviso: este post foi escrito com base apenas no primeiro volume da série]


[Aviso 2: Este post foi escrito por um fanboy descarado de Hokuto no Ken e do desenhista Tetsuo Hara, não estranhem se eu começar a arrotar elogios exageradamente aqui. Obrigado pela compreensão. Agora, continuem lendo o post]

Nos primeiros instantes do mangá, somos levados para o ano de 1582, no calor das guerras do período Sengoku (que só viria acabar no Japão em 1600 com a Batalha de Sekigahara), durante o famoso incidente Honnou Jin e apresentando o grande líder militar da época, Oda Nobunaga, em seus últimos momentos de vida, antes do movimento de rendição que ocasionaria em sua morte no calar da batalha. Uma cena excelente para se começar um mangá sobre a vida de um dos maiores guerreiros que o Japão já viu, certo? Então após a morte de Nobunaga, o mangá volta no tempo 37 anos e somos apresentados a um garoto de 12 anos cheio de energia e bem agitado chamado Oda Kipposhi.

Kipposhi é filho do grande comandante Oda Nobuhide, e ele seria conhecido vários anos depois como Oda Nobunaga. Sim, meus amigos, esse mangá contará a história de vida dele. Prosseguindo, a história começa a ser contada com Kipposhi dentro de um barco junto com os soldados do exército do pai fazendo molecagens que qualquer garoto de sua idade faz até que de repente eles são atacados por tropas inimigas em uma emboscada rápida. Kipposhi acorda dentro de um calabouço de um navio pirata que transporta escravos para os colonizadores europeus que iam ao Japão na época.



Entre os prisioneiros juntos de Kipposhi, temos Inumaru, um pequeno garoto fraco e incapaz de fazer nada, e um Europeu de cabelos loiros (muito parecido com o Toki, de Hokuto no Ken, por sinal). Kipposhi fica admirado com os conhecimentos e a força do homem europeu e eles ficam amigos. E para escapar do navio, Kipposhi resolve armar uma rebelião junto com os outros prisioneiros do barco. E aqui somos apresentados à primeira vez que Oda Nobunaga lidera um exército, e também o estopim do primeiro volume do mangá e da história (afinal, esse post é sobre o volume 1 e não quero soltar spoilers a rodo, não é mesmo?)

Nesse primeiro volume, a trama introdutória se desenrola bem lentamente, para só no fim dele, termos o grande pontapé para o resto da aventura do jovem Kipposhi, mas a história prende bastante desde seus momentos iniciais e a leitura passa bem rápida e confortavelmente.


Quem leu outros trabalhos desenhados por Tetsuo Hara, já sabe o que vai encontrar aqui no quesito arte. Personagens bem detalhados e ótimos cenários. O mais curioso, é que nesse mangá, não temos um protagonista que é a cara cuspida e escarrada do Kenshiro. Tá, é um pouco parecido, mas não idêntico a ele como a grande maioria dos protagonistas dos mangás de Hara (Dêem uma olhada nas capas dos mangás dele para ao menos ver do que estou falando, uma arte bem oitentista mesmo, mas bem detalhada e bem feita. Mais uma vez, palmas ao habilidoso Tetsuo Hara por mais um mangá com uma ótima arte!

Os personagens apresentados até aqui agradam bastante. Kipposhi é bem o estereótipo de "moleque travesso" e cheio de malandragem (talvez rementendo ao bom e velho Keiji Maeda do já citado neste post "Hana no Keiji") que temos em muitos mangás shonen atualmente, tanto que acredito que se Ikusa no Ko fosse publicado há uns 20 anos atrás, poderia facilmente sair na Jump semanal.

Conclusão:
Ikusa no Ko é a prova de que o bom e velho Tetsuo Hara ainda não perdeu o fôlego que tinha nos anos 80 e, ao lado do novato Seibo Kitahara, nos presenteia com mais um ótimo e divertidíssimo mangá. Com uma história totalmente baseada em fatos históricos, o mangá não faz feio e nos mostra que tem bastante potencial de ser um dos melhores trabalhos do mestre Hara carregando o espírito dos mangás históricos de ação dos anos 80 e 90. A série é bem nova, mas merece bastante atenção. Leitura recomendadíssima!



Onde ler:
Em japonês, a raw do volume 1 pode ser baixada no rawscans forum. Já em inglês, o excelente Hokuto no Gun, um dos melhores scanlators/fansubs atualmente traduziu o volume 1 pro idioma muito bem.

Para encerrar, deixo o vídeo promocional feito pela Comic Zenon para promover o lançamento do volume 1 da série.


"Na guerra eu nasci e nela estou destinado a morrer. Eu sou um filho da Guerra" 
(NOBUNAGA, Oda)

Obrigado por ler e comente

3 comentários:

  1. Deu vontade de ler, hein? Gostei bastante, ainda mais por ser fã de Japão feudal e afins. Finalmente as horas de jogo de Samurai Warriors e Sengoku Basara vão servir pra algo HAHAHAHAHAHAHA!!!
    Ótimo post, bom Ninta!

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  2. Ta faltando mais mangás assim hoje em dia.
    A masculinidade morreu.

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  3. Rapaz, eu não sabia que o Harada seguia a mesma escola de repetição de figuras centrais que o Masami Kurumada, hehehehe. Parece bem bacana esse mangá. Fora o Hokuto no Ken, você leu outros que ele tenha desenhado? Comecei a ler o Fist of The Blue Sky, mas não perseverei, devo voltar nele depois.

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