quinta-feira, 26 de abril de 2012

Dissecando: Bakuman, relembrando e refletindo sobre a obra.




Na edição dupla de número 21-22 do ano de 2012 da Shonen Jump, finalmente chega ao fim, uma de suas mais populares séries na grade atual da revista, Bakuman, de Tsugumi Ohba e Takeshi Obata, a mesma
dupla responsável pelo aclamadíssimo (e overrated ao extremo, apesar de bom) Death Note, publicado desde 2008 nas páginas da antologia semanal mais popular do Japão.

Durante a sua trajetória, Bakuman foi um bom mangá cheio de altos e baixos momentos. Ele costumava ser um dos meus favoritos da grade atual da revista, mas a série, infelizmente, foi perdendo muitíssima qualidade por se arrastar desnecessariamente em diversos pontos e se encerrando de uma forma que deixou a grande maioria dos fãs da série (inclusive eu) MUITO insatisfeitos. Este post, ao contrário da maioria dos que costumo fazer aqui no blog, não será bem um "review" apresentando a série, mas sim, dissecando a obra e refletindo sobre ela. Pois bem, vamos lá...

[AVISO: este post está RECHEADO de SPOILERS da série toda. Se você não leu Bakuman e não gosta de spoilers, recomendo que leia o mangá antes deste post]



Bakuman trata, sendo curto e grosso, da vida de Moritaka Mashiro, que forma uma dupla de mangakás com Akito Takagi e resolvem tentar a sorte na Jump após Mashiro fazer uma promessa com Miho Azuki, sua paixão, de que quando ele tivesse um mangá dele adaptado para anime e ela dublar uma das personagens, eles se casariam. Com uma história dessas, o final é altamente previsível, mas como chegamos nisso? Por que tanta insatisfação dos fãs com o desfecho da série? Inocência do fandom por criar grandes expectativas, falha dos autores (apesar da culpa ser mais do Tsugumi Ohba, roteirista da série mesmo) ou desleixo dos mesmos? Mas antes de começar a comentar sobre o final da série, que tal relembrar um pouco da história de Bakuman?


O começo de Bakuman é algo bem divertido na minha opinião, remetendo claramente aos mangás "hot-blooded"(não consigo pensar em um termo equivalente em português, desculpem) de antigamente. Mashiro e Takagi passam a revirar as coisas do estúdio do falecido tio de Mashiro, que era o mangaká que escreveu o famoso "Chou Hero Densetsu" de Bakuman (provável homenagem ao clássico "Tottemo! Luckyman" que Tsugumi Ohba escreveu na Jump nos anos 90 sob o nome de Hiroshi Gamou. Não é 100% confirmada essa informação, mas há grandes chances de ser verdade. Vários fatores comprovam isso, mas isso é assunto para outro post), e passam a revirar o velho estúdio do escritor se maravilhando com tantas referências e começam a por a mão na massa a partir daquele momento.


Daí em diante, vemos muitos momentos marcantes e bacanas no mangá. Pros que não conhecem como funciona, é mostrado o funcionamento da publicação na Jump, a entrada dos dois jovens no mercado de mangás, conhecendo editores e outros mangakás, o lançamento do primeiro one-shot da dupla e a grande batalha para conseguir a primeira serialização (que futuramente viria a ser cancelada) e várias tentativas até finalmente a dupla de mangakás conseguir estabilizar o seu primeiro grande sucesso na grade da Jump: PCP - Perfect Crime Party. (por sinal, analisando PCP, dá pra notar muitas semelhanças com Sket Dance, que sai na Jump de verdade.)

Vários momentos de alegria da dupla pelo ótimo desempenho de sua obra, a grande popularidade e tudo mais e o fato de ela estar conseguindo rivalizar com a obra de Eiji Niizuma, Crow, o maior hit da Jump fictícia de Bakuman. Depois de tanta luta para manter PCP na revista até a série se estabilizar, um pouco depois do aniversário de 1 ano de PCP na Jump, surge um pequeno dilema... e é a partir daqui meus amigos, que eu acho que a qualidade de Bakuman começou a despencar horrorosamente até o seu desfecho (claro, que com algumas ressalvas de bons momentos até o final da série). Quem aí leu o mangá e está se lembrando da história com certeza já deve saber muito bem do que estou falando. SIM, ELE!! O NANAMINE E SEUS "PLANINHOS MAQUIAVÉLICOS" PARA FAZER SUCESSO NA JUMP.

Toda essa ladainha com o Nanamine começa após ser publicado um oneshot bem interessante na Jump sobre uma história de sobrevivência intitulada "A Sala de Aula da Verdade", que possa ser talvez, uma mera coincidência, ou uma indireta ao grande sucesso "Shingeki no Kyojin", que na época em que esse arco foi publicado, estava estourando nas vendas e que também rolava um boato por aí que a série havia sido rejeitada quando o autor a levou à Jump (leiam o post sobre Shingeki no Kyojin, para mais informações), não sei se isso pode ser considerado só uma coincidência. O motivo pelo qual penso isso? O título japonês de "A Sala de Aula da Verdade" ser "SHINjitsu no KYOshitsu", sendo que japoneses, ao falar do título de certos mangás, costumam usar abreviações baseadas nas primeiras sílabas de cada palavra do título. Uma ideia muito interessante que poderia ter sido altamente bem executada por Ohba para abordar um tema interessante em Bakuman, mas que infelizmente, foi bastante mal aproveitada, na minha opinião.



Bem, retornando à história, o oneshot da "Sala da Verdade" faz tanto sucesso que logo planejam uma versão serializada para a história (o que eu duvidaria MUITO que aconteceria na Jump real atualmente). Então, algumas semanas depois, Nanamine entrega para seu editor um rascunho do 1º capítulo para a serialização de "SdV", mas o editor nota que há muitas ideias diferenciadas umas das outras. Depois de uma série de acontecimentos, nos é revelado que Nanamine aprontou a história toda junto com uma legião de 50 pessoas com quem mantinha contato na internet. Simplesmente surreal, não é mesmo? Depois, Nanamine é serializado e o seu planinho vai por água abaixo depois de descobrirem a farsa por trás da produção de SdV e sua legião de seguidores o abandonar...

Depois de toda essa história boba com o Nanamine, temos o ótimo arco sobre a épica conclusão de Crow, de Niizuma, o que foi algo bem legal de se ver, apesar de muito surreal também. Quantos autores que escrevem o hit número 1 da Jump conseguem terminar sua série da forma como querem? Claro que há exceções (dentro destas, arriscaria um palpite e citar Takehiko Inoue, que concluiu Slam Dunk no auge da série, e no seu último capítulo teve direito à capa na Jump e tudo), mas a maioria não consegue tal feito, Akira Toriyama tá aí como um belo exemplo disso, mas deixando as críticas de lado, não nego que, apesar de contradizer com o que costuma acontecer na Jump real, essa parte da história foi muito bem conduzida.


Após isso, temos a seguir o próximo grande arco da série, que de cara, apresenta também um tema bem interessante: A volta de mangakás veteranos à Jump. O personagem novo em questão é Mikihiko Azuma, que no universo de Bakuman, há uns anos antes, era um escritor de baixa popularidade que havia tentado a sorte na revista algumas vezes, e aqui volta com uma ideia inovadora que surpreende os editores da Jump, mas de onde essa produção veio? E aí, mais uma vez, temos uma boa ideia para a história sendo mal aproveitada novamente e tudo por culpa de quem? ELE, OUTRA VEZ, O NANAMINE!!



E qual é o plano maquiavélico da vez? Agora, ele fundou uma espécie de "indústria" de criação de mangás, que contrata vários autores, sejam eles conhecidos ou não e até mesmo leitores, para construir mangás para lançar na Jump. Basicamente a mesma coisa que ele fez antes na internet durante a produção de "Sala de Aula da Verdade", só que em proporções muito maiores. Óbvio que o plano desaba antes mesmo que começasse a ser posto definitivamente em prática. O tema inicial era bacana, precisava mesmo por essa maluquice do Nanamine no meio, Ohba?

Nunca saberemos, MAS... será que ele talvez quis fazer uma espécie de "crítica" ao mercado moderno de mangás dominado por moe, lolicon e materiais Otaku hardcore feitos com o objetivo de serem meros caça-níqueis? O que, se pararmos pra pensar, até que faz um pouco de sentido, já que Bakuman parece, muitas vezes, defender o estilo clássico de determinação para se fazer um mangá de verdade que divirta as pessoas. Dependendo da maneira de analisar, é um conceito interessante, mas, infelizmente, mal executado pelo autor, na minha opinião.

Pronto, aqui, pelo menos os piores pontos de Bakuman já passaram, depois disso, o mangá, felizmente, consegue se redimir até que bem, claro que sem nem metade do brilho que a série possuía antes. Logo após Nanamine sumir de vez da história (ainda bem. UFA!), a história chega em um momento interessante. PCP, devido a algumas características da sua história, não pode ser animado (apesar de ser bem popular, há conteúdos na série que não permitem que ele seja transportado para uma animação na TV, já que é um meio de comunicação com um alcance muito maior que a Jump), muitos mangás famosos na Jump real passaram por isso, e em alguns casos, receberam adaptações porquissimamente mal-feitas (posso citar alguns exemplos, desde os horrosos animes de Houshin Engi, Hareluya II BOY, Shaman King ou até mesmo um caso bem recente, como Toriko. Todos os 4, ótimos mangás que receberam adaptações ruins até dizer chega).

Bem, voltando a Bakuman, vendo que PCP tem poucas chances de ser animado, a dupla decide tomar uma decisão. Não, eles não vão encerrar PCP de qualquer jeito só pra arriscar um novo mangá que pode até ser cancelado, e sim produzir um novo mangá, simultaneamente com PCP. Takagi tem uma ideia sensacional para o plot do novo mangá e o mostra para o editor da dupla, Hattori, que por sua vez, apresenta a genial história para o departamento editorial da Jump, que decide dar uma chance à mais nova peça de Muto Ashirogi... REVERSI.

Um tempo depois, PCP se muda para a Jump mensal e Reversi representa a dupla de mangakás na publicação semanal. A série se torna imensamente popular e começa-se a cogitar a produção de um anime para Reversi, mas acontece que Mashiro e Takagi não vêem uma maneira positiva de extender a história de Reversi só para privilegiar o estúdio que pretende animar a série, mas a dupla prometeu dar o melhor final possível para a obra, e assim o anime é anunciado e começa a ser produzido.



Reversi, a grande obra-prima da dupla Muto Ashirogi finalmente havia sido escalada para ser adaptada pra anime, Mashiro e Takagi vibram de alegria com isso, mas... como nem tudo são flores, surge um dilema, Será que Azuki, a eterna amada de Mashiro, poderá dublar a heroína de Reversi na animação?

Então, a produção do anime resolve consultar os autores para ver se eles possuem alguma sugestão para os dubladores da animação de Reversi, e como eles não são bobos nem nada, lógico que escolhem a Azuki para isso. MAS... logo depois surgem vários boatos que se espalham sobre a relação de Mashiro e Azuki, que causa a revolta de um certo povo... OS OTAKUS FANÁTICOS POR DUBLADORAS. Mas isso não se prova uma grande ameaça, graças a Fukuda (um dos meus personagens favoritos do mangá, ao lado de Hiramaru), que coloca a boca no trombone durante uma entrevista que ele dá em um programa de rádio e diz poucas e boas para os fanáticos... Podemos dizer que ele foi um dos caras que tornou o casamento entre Mashiro e Azuki realidade? Acho que de uma certa forma, sim.


Então... com a estreia do anime se aproximando, Mashiro percebe que já é a hora de fazer o pedido de casamento à sua amada, então ele resolve fazer do mesmo jeito que seu falecido tio faria. Isso é mostrado no penúltimo capítulo, que deu uma boa arquitetada para tal acontecimento, e aí vem o tão discordiado capítulo final, que deu um belo banho de água fria em quem esperava ver a cerimônia acontecendo.



Foi um final anti-clímax e totalmente óbvio, certamente, mas foi um final ruim mesmo? Não, mas acho que poderiam haver pelo menos mais uns 2 capítulos para construir melhor um clima mais legal para esse final. Talvez, a minha agonia pelo final, deve ter sido por eu ter acompanhado o mangá semanalmente durante toda a sua publicação, mas e quem lê pelos volumes ou leu/lerá tudo de uma vez? Terá a mesma reação? Tudo bem, o que aconteceu era totalmente esperado desde o primeiro capítulo, mas o maior defeito do final, foi que haviam muitíssimas maneiras melhores de encerrar a série, mas pelo menos, antes Bakuman terminar assim, antes que a história se arrastasse e se desgastasse mais e mais como antes, não é mesmo?

Apesar do fim, Bakuman foi um ótimo mangá para mim. Gostei muito de acompanhar a série. O mangá divertiu, emocionou, informou e até mesmo irritou os leitores. O saldo final da série é positivo, e acho que é um mangá que ainda vale uma leitura. Pode não ser uma obra-prima, mas é algo legal de se ler.



Bem, essa é a minha opinião sobre o decorrer do mangá. Espero que tenham gostado desse enorme (desculpem por isso, mas não consegui me conter, hehe) post.

Obrigado por ler.

14 comentários:

  1. (OniluapL)

    Primeiro, ótimo post, cara! Concordo com você em muitos pontos, e foi bem detalhado, comentando bem grande parte do mangá.

    Só algumas coisas: O que começou a me deixar um pouco incomodado com Bakuman, antes do Nanamine, foi simplesmente ela estar parecendo resolver TUDO pra terminar, até chegarem com uma história de PCP não poder ter anime pelo conteúdo(E se não pode, como teve proposta de estúdio chegando no editor?)... O que eu achei bem anti-clímax. Talvez não fosse o certo acabar ali (Pensando com mais calma, realmente iam ficar coisas faltando), mas eles deram uma impressão que ia pra depois "cortar" isso de um jeito, o que soou como enrolação. Aí depois veio o Nanamine, pra ferrar tudo. (Aliás, quem mencionou o negócio do nome do mangá pra ti, hein? XD)

    E o segundo... O arco de Crow foi bom demais! Não acho tão impossível um autor conseguir acabar assim a série, e o Niizuma teve problemas pra conseguir isso. E olha que a série já era longa... Mas realmente, foi uma boa ação entre os membros do Time Fukuda, que acabou ficando em falta.

    E mencionando o final, não achei ele péssimo, ele concluiu a história, não deixou pendências importantes... Mas dois fatores complicaram:

    1) Terminaram a situação dos secundários de forma MUITO jogada. No meio do penúltimo capítulo deram um quadrinho pra cada um?

    2) Faltou uma cena final marcante. Talvez nem o casamento, mas o final acabou sendo sem graça. E quando poucos capítulos anteriores temos um foco no final espetacular de Reversi, no mínimo fez nós esperarmos alguma coisa....

    Aliás, eu estou relendo via JBC, e percebi que algumas coisas foram bem não-aproveitadas, como alguns personagens e ideias. Por exemplo, o Nakai parece sair arrependido da cidade, mas ele volta como um gordo ainda mais filho da puta! Sei lá, mas isso não me agradou.

    Mas reler também me fez perceber como Bakuman foi um bom mangá, com personagens legais, empolgante, e carismático, ao menos no começo. É uma história que eu vou lembrar com carinho. Aliás, até essa fase "negra" do mangá teve alguns capitulos memóraveis, que me mantinham preso à série. (Exemplo: Gostei muito do que mostra o Mashiro indo pra uma festa com os amigos de faculdade)

    Acho que é isso. Post bem legal.... Vai ter um desses quando Reborn acabar? XDD

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  2. Não vou dar uma chance para Bakuman, é para mim o mangá que pode ser considerado a definição para "over rated". A história é boba, com diversos momentos que distorcem TANTO a realidade que nem parece que o mangá busca um sentimento de realismo.

    São todos os defeitos de Death Note intensificados a um ponto onde eu nem teria coragem de recomendar a série, o Machismo; o roteiro EXTREMAMENTE forçado, onde você só falta ver os fios saindo dos braços de cada personagem junto com o papel deles na série; a falta de afeto que você sente pelo personagem principal (provada pela grande maioria das críticas sempre destacando tal personagem secundário como o melhor da série) e principalmente, o fato de que TODO personagem que é focado no mangá parece perder sua personalidade e começar a ser carregado pelos secundários, até que este possa sair de cena e trocar de posição com algum.

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    1. O enredo não é ridículo, como citastes acima. Na realidade é muito interessante. Além disso, foi comprovado que Death Note foi um dos melhores mangás já produzidos, então esse seu comentário estúpido sobre os defeito de Death Note terem sido aumentados foi absurdo.

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    2. Você realmente não sabe o sentido dos mangás. O enredo é para demonstrar a realidade, ridículo é o enredo de To love -ru. Este mangá é feito mais para aqueles que querem um dia ser mangakás, e se está criticando é porque não tem interesse nessa área. Por tanto, respeite o mangá. Death Note e Bakukan são 100% paralelos, não há nenhuma semelhança entre os dois. O gênero de Death Note é de suspense, sobrenatural e policial. Por isso, ele é construído focando essas características. Já Bakuman, é um mangá de drama e comédia, que pode ser caracterizado com a realidade. Resumindo: não se pode comparar uma história sobrenatural com uma história realista. Bom, isto é tudo o que quero dizer.

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  3. Comentário estupido, pelo menos se identifique covarde.

    Bem, final esperado mais ainda assim decepcionante, acho que Tsugumi Ohba deveria aprender com a Hiromu Arakawa (FMA, GnS) que deu um ótimo, repito, ótimo final a Fullmetal Alchemist, ela deu aos fãs um final já esperado mas o conduziu com grande maestria, além de surpreender com bélissimos finais para personagens coadjuvantes.

    KarraskO - GYN Fansub

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  4. Comentário estupido, pelo menos se identifique covarde.

    Bem, final esperado mais ainda assim decepcionante, acho que Tsugumi Ohba deveria aprender com a Hiromu Arakawa (FMA, GnS) que deu um ótimo, repito, ótimo final a Fullmetal Alchemist, ela deu aos fãs um final já esperado mas o conduziu com grande maestria, além de surpreender com bélissimos finais para personagens coadjuvantes.

    KarraskO - GYN Fansub

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  5. Sério cara? Você tá me chamando de covarde por não me indentificar num comentário onde eu critico um mangá? Já passou pela sua cabeça que eu postei em anonimo simplesmente por ser o caminho mais rápido e simples para postar um comentário? lol

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  6. Excelente post, uma análise justa e profunda de um excelente mangá de uma excelente dupla.

    Minha opinião sobre Bakuman é extremamente similar à sua, me identifiquei bastante com esse artigo. Na verdade, eu fiquei meio incerta com o início do mangá, achando que estava tudo acontecendo um pouco rápido, porém logo me habituei e me apeguei cada vez mais aos protagonistas.

    Falando sobre personagens, para mim os pontos fortes foram os protagonistas (seria difícil se não fossem carismáticos hah) e o Niizuma. Do design até suas expressões faciais e manias, um personagem que me intrigou muito. Agora, merecendo um caps lock, NANAMINE! Que personagem enjoado. Sua primeira aparição me causou até um impacto, gostei do arco por ser algo tão "podre", e seguida pela superação do Ashirogi Muto. Já sua segunda aparição me decepcionou, apesar de ter gostado da "velha guarda" dos mangás voltando à ativa. Sobre a Miho, não gostava dela e de seu relacionamento com o Mashiro, achava irreal e platônico demais. Porém, ao evoluir do mangá, acabei aceitando e, beirando o final, achei bonita a postura e atitude dela, principalmente na rádio. Como se fosse um pé na realidade, em direção a um amor realmente concreto.

    Agora, o mais polêmico: o final. Sem dúvidas era algo certo e programado desde o começo, seria impossível inovar muito. Porém, mesmo com a previsibilidade, tenho umas ressalvas. Primeiro, tive um sentimento verdadeiramente INCOMPLETO. Não sei explicar bem, senti que faltou algo no final. O sonho deles se concretizou e só. Algo que me incomodou foi a questão do Mashiro querer reviver as vontades do tio. Foi interessante, mas achei muito material ele aparecer apenas com uma Mercedes (?) para buscar a Miho. Poderia ter sido algo com valor mais sentimental.

    No geral, senti o final meio insosso. Foi bom, não tirou nem um pouco do mérito do mangá, mas isso não exclui o fato de que fiquei com a sensação de que faltou algo. Não tenho ideia de como poderia ter terminado de forma diferente, talvez as últimas páginas poderiam ser as últimas do mangá Reversi, ou a notícia de um novo mangá ou algo do Niizuma que seria o estopim para uma nova competição, algo assim.

    No geral, foi um mangá excelente, terminou sem mais delongas, e sua análise ficou muito fiel e bem escrita, parabéns.

    PS: como adoraria ler por completo a maioria dos mangás feitos em Bakuman! Hah.

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  7. Dae, eu até concordo em muitos pontos,se vc pesqisar logo antes da primeira aparição do nanamine,os questionarios tavam meio q baixos do normal, então a dupla resolveu fazer um tipo de inimigo q na primeira aparição eu até gostei pq deu emoção,mas na segunda fiko forçado, acredito q a dupla estava de saco cheio e deu um fim desesperado (como fizemos um trab qualquer pro colegio)eu comcerteza acho o bakuman um excelente mangá, ah e eu so qero te lembrar q os tais impecilios sao normais na jump real e o eiji poder finalizar sua serie de tal forma foi por tal promessa no começo , oq no anime deixou tdos de boka aberta, bom é isso bom post,,Té+

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  8. Acompanho Bakuman pelos volumes nacionais e acho interessante. Conhecer o universo de publicações é algo valioso para quem gosta de mangás como a gente. Mas, deveras vezes, acho que história é conduzida de forma lenta demais. Chega a ser cansativo ler alguns quadros. É muita enrolação pra pouca coisa. O casamento do Takagi, por exemplo. Muito de paraquedas. Tava achando que ele tava a fim da Aoki e do nada se casa com a Miyoshi? Não gostei. Fora o relacionamento Mashiro & Azuki, totalmente descabido.

    Também gosto muito do Fukuda e do Hiramaru. Eles são ótimos. Ainda não li o final, mas creio que ficarei decepcionada. Valeu pelo post ;D

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  9. Ah, você esqueceu de mencionar Yu Yu Hakusho, como um dos mangás que foi finalizado em seu ápice. Dava muito mais pano pra manga, hehehe. Apesar que eu acho que deu o que tinha que dar e foi ótimo! :D

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  10. Gostei muito do post! Concordo com vários pontos. Achei o final muito forçado, pareciam que eles queriam resolver tudo nos dois últimos capítulos. Queria muito ter visto um "final" mais digno para os personagens secundários que me cativaram tanto como o Mashiro e o Takagi.

    Agora com relação ao arco do Nanamine você teve um equívoco. A Jump não deixa ele publicar "Sala da Verdade" justamente pelo conteúdo, ele recebe uma menção honrosa e é isso. Logo depois ele resolve publicar a estória toda na internet, o que causa uma comoção na editora, mas mesmo assim deixam ele trazer um projeto pra uma nova série. Aí ele lança o "O Ar que Acompanha a Ansiedade", uma comédia séria.

    Mas pra mim sinceramente, o segundo arco com o Nanamine foi o pior de todos, muito irreal. Apesar de eu ter gostado da parte do arco que mostra o mangaká veterano voltando a publicar na Jump, e a relação dele com o tio do Mashiro.

    Acho que Bakuman foi criado como uma forma do Ohba ter vários gêneros em um só título: batalhas, fantasia, romance, mistério, etc... moldando a própria história ou/e usando os mangás criados pelos mangakás fictícios. Uma ideia simples, mas genial.

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  11. Se Death Note tivesse tantos defeitos assim ele não teria tanto sucesso quanto tem até hoje, só para começar. E como o ser mesmo disse na primeira frase, "ele não vai dar uma chance para Bakuman" logo eu penso que ele mal leu o mangá e já esta saindo falando mal. Pois é, foi isso que deixou a entender, enfim comentário totalmente desnecessário. Bakuman é interessante e teve falhas sim, mas continua sendo um mangá interessante ao meu ver.

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  12. Cara, o "último" parágrafo meio que resumiu o que eu senti com Bakuman. Bakuman me divertiu, emocionou, fez eu ficar com raiva, fez eu torcer pelos personagens e apesar do final, foi ótimo. E olha, eu li Bakuman numa tacada só e sim, tive a mesma impressão com o final. Quando eu terminei, eu fiquei: hã? É isso??????
    Senti também que faltou algo mais. Eu esperava algo mais, não sei se necessariamente o casamento, mas talvez mais dos outros personagens. Confesso que achei muuuuito legal o Mashiro fazer que nem o tio dele, mas... MAS...
    Assim como você, o Fukuda é um dos meus personagens favoritos e pois é, ele realmente influenciou no casamento dos dois e jurava que ele fosse ficar com a Aoki. Nisso, o mangá me surpreendeu. Eu não estava mesmo esperando que ela ficasse com o Hiramaru.
    De qualquer forma, como a Ana falou, o fato dos personagens em Bakuman serem completamente carismáticos, foi um fator a mais e que me fazia ficar envolvida. Como disse antes, torcendo por eles!!!!! E também, adoraria ver a continuação dos mangás lançados em Bakuman, achei muitas ideias legais e seria divertido ver, tipo aquele extra que saiu do mangá do Hiramaru, da Lontra e tudo o mais.
    Como disseram, foi um post excelente e concordo com tudo que disse. Quanto ao Nanamine, na primeira vez que ele apareceu, eu fiquei com raiva. Afinal, ele usava de métodos sujos e na segunda vez, eu fiquei tipo: QUÊ?????? Então, de certa forma, ele cumpriu seu papelzinho de vilão... Acho.
    Outro que me irritou horrores, mas esqueci o nome dele, foi o que acabou se isolando de todo mundo e chegou a querer ficar com a Aoki, sendo um estúpido. Achei que as coisas se resolveram rápido demais com ele e não consegui desculpá-lo, de verdade.
    Enfim, eu ainda sou apaixonada por Bakuman e antes do final, curti toda aquela história das dubladores, foi uma informação que eu não tinha e me deixou chocada. E você lembra do meu tweet? Sobre quem dubla hentai? Fico pensando o que os fãs pensam, se eles veem como algo "sujo" ou se ainda idolatram a dubladora e tudo o mais.
    Belo post!

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