sexta-feira, 29 de junho de 2012

Cenas de Mangás que Merecem ser lembradas #3 (ESPECIAL SHONEN JUMP)


E de volta com a coluna, dessa vez, numa edição especial pro #JumpWeekend. Neste post reunirei algumas das inúmeras cenas marcantes que já passaram nas centenas de mangás já publicados na Shonen Jump. São tantas cenas de tantos mangás que li da Jump que foi bem difícil para mim, escolher. Mas enfim, escolhi umas que acho muito boas.

Lembrando mais uma vez que....

Este post pode conter SPOILERS sobre as obras citadas.




Medaka Box, de Nisio Isin e Akira Akatsuki (Volume 16, capítulo 140)

"O Mundo é pacífico demais? O futuro lhe incomoda? A realidade é sua Inimiga? NÃO SE PREOCUPE, MESMO ASSIM, A VIDA É ÉPICA!"

Vamos começar com uma bem recente que foi bastante comentada pelos leitores da Jump recentemente. Medaka Box é um mangá extremamente incomum, começou como um slice-of-life escolar chatíssimo até que depois de 3 volumes, se transformou num maluquíssimo mangá de batalha cheio de ideias insanas. Essa cena é do ÉPICO capítulo 140 do mangá, que encerra a saga da guerra contra Ajimu Najimi, uma garota com milhões de habilidades (é sério, ela menciona o número, inclusive) que resolve usar Zenkichi para tirar a nossa protagonista, Medaka, da presidência do conselho estudantil.

E no meio desse arco, exatamente no capítulo 127 (que foi publicado na Jump um pouco depois do anúncio do anime da série na época), Nisio Isin dá uma sacada genial: O plano da grande vilã do arco é acabar com o mangá antes da estreia do anime. Uma verdadeira destruição da quarta parede. Então até o capítulo 140, vimos Zenkichi ser "treinado" para superar a toda-poderosa Medaka na eleição e se tornar o novo presidente do conselho estudantil. E pra deixar esse capítulo mais genial, basta notar a época em que ele foi publicado, exatamente 1 semana antes da estreia do anime de Medaka Box na TV japonesa. E assim, o plano de Ajimu vai por água abaixo e o mangá "foi salvo" de terminar, e assim dando brecha para o início do atual arco em que a série se encontra.

Não se surpreendam se eu fizer um post sobre Medaka Box após o término da série aqui no Mangás Cult.

Kinnikuman, de Yudetamago (Volume 36, capítulo 387)

"Kinnikuman Eternamente"

Sem a menor sombra das dúvidas, Kinnikuman foi um dos mangás mais importantes que já passaram pela Jump (eu já disse isso várias vezes aqui, mas não custa lembrar). Essa página é a abertura do capítulo final da série original com o desfecho do arco da batalha pelo trono do planeta Kinniku, que se encerra com o grande combate entre Suguru Kinnikuman e Kinnikuman Super Phoenix, que acaba na vitória de nosso atrapalhado herói, que logo depois vira o rei do planeta Kinniku.

Essa página é uma breve "recapitulação" de vários dos épicos momentos da série, os aliados, os inimigos, momentos tensos, grandes revelações e mortais batalhas que os guerreiros Choujins enfrentaram, e depois de 387 capítulos lidos, dá uma certa nostalgia rever esses momentos todos que vimos nesses 36 volumes desse ótimo mangá de luta. Kinnikuman eternamente!

Hokuto no Ken, de Tetsuo Hara e Buronson (volume 16, capítulo 135)

O Imperador Tingido de Sangue

Vocês certamente devem estar carecas de saber que Hokuto no Ken é um dos meus mangás favoritos na Jump. A saga de Kenshiro, assim como o acima citado Kinnikuman, é um dos mangás mais importantes e influentes que já passaram pela Jump e serviu pra ajudar a moldar o "esqueleto" do mangá de luta como conhecemos hoje. Essa cena é do fim do sangrento acerto de contas entre Kenshiro e seu irmão adotivo, Raoh, que encerra a primeira metade (se você ler Hokuto no Ken, NO MÍNIMO, deve ler até aqui, parar antes de chegar aqui é inaceitável) da série.

A luta entre os dois, é um dos confrontos mais lembrados e selvagens da história dos mangás, e antes de ela acontecer, a dupla de mangakás Tetsuo Hara e Buronson conduziram muitíssimo bem a série a tamanho clímax, com uma série de acontecimentos alucinantes e épicos que antecedem o grande confronto final. Definitivamente, leitura obrigatória pra quem gosta de ler clássicos mangás de luta.

Jojo's Bizarre Adventure, de Hirohiko Araki (Volume 5, capítulo 44)

O túmulo de um Herói...

Jojo é outro dos meus mangás favoritos, mas ele tem um cantinho especial de favoritismo pra mim, além de ter sido um dos primeiros mangás que eu li pela internet (junto com Hokuto no Ken, por sinal), foi um dos que mais me empolgou e me transformou nesse leitor de mangás que sou hoje em dia. A série é cheia de momentos bizarros, intensos ou violentos. Mas ao falar de Jojo, as primeiras coisas que vêm à cabeça de muitos são cenas da parte 3 (a mais famosa da franquia) em diante e alguns acabam não dando tanta atenção para as primeiras sagas do mangá, que não ficam devendo às sagas posteriores em qualidade, nem um pouco.

A página em questão é do capítulo 44, que encerra a primeira parte da série, protagonizada por Jonathan Joestar, que daria início a toda uma geração de personagens marcantes das descendências da família Joestar. O capítulo inteiro é praticamente um festival de páginas excelentes em sequência (tanto que foi até difícil, pra mim, escolher uma só pra colocar neste post). Após a batalha entre Jonathan e Dio, o herói de nossa história decide viajar com sua amada Erina, então eles entram em um barco rumo à América. Só que neste barco, está sendo transportado também o caixão onde se encontram o corpo e a cabeça de Dio, Brando, que misteriosamente ganha vida graças à intervenção de um de seus servos e ataca Jonathan de surpresa. Jojo, vendo que não há salvalção para si próprio, tenta usar suas últimas forças pra se sacrificar, explodindo o navio inteiro para tentar acabar de vez com Dio e salvar a vida de Erina (por sinal, grávida), para que ela possa chegar em segurança à América. E assim, Jonatham morre, levando o terrível Dio junto com ele (ou não... é só ver o que acontece no início da parte 3), e assim, encerrando com chave de ouro a primeira saga de um mangá que mostra posteriormente, que ainda tem muito mais história pra contar

Houshin Engi, de Ryu Fujisaki (volume 21, capítulo 186)

"Espelho"


Houshin Engi é um mangá que é conhecido por muitíssimos plot-twists, mas no meu post pro Jump Weekend sobre a série, tive que me segurar pra não soltar spoilers sobre o mangá, falando sobre os plot-twists, mas aqui, não precisarei me preocupar pra falar disso, presumo eu. Se você não leu Houshin Engi, mas olhou a imagem, não se preocupe, a página em si não é tão spoiler (acho), a história por trás dela, sim, está repleta de plot-twists monstruosos.  Ou seja, se você ainda não leu o mangá e não gosta de spoilers, sugiro que fique sem ler os dois parágrafos seguintes até terminar de ler a série.

Essa cena se passa próximo aos preparativos para a grande batalha final de Houshin Engi. Após o final da batalha pela dinastia Yin, Genshi Tenson finalmente revela o verdadeiro objetivo do Projeto Houshin, que não era derrotar Dakki, mas sim, o ser imortal reponsável por controlar tudo, Jyoka, um dos seres anciões. Jyoka é um dos extraterrestres que aterrisou na Terra há milhões de anos e sonhava em recriar seu planeta natal na Terra, mas os parceiros de Jyoka discordaram e a aprisionaram em um selo de vidro, mas isso não foi o suficiente para detê-la. A alma de Jyoka consegue escapar e então ela começa a moldar a história do mundo como bem entende, até então, que ela conhece Dakki, então as duas passam a trabalhar nisso juntas. E cada período na história do mundo diverge em uma linha do tempo alternativa que é como Jyoka queria que fosse a Terra, e se caso algo desse errado, moldar de novo de uma nova maneira. Então, após saber de toda a verdade, os Sennins se voltam contra Jyoka, que dessa vez, pretende destruir a Terra de uma vez por todas, e nossos seres divinos são a última salvação de nosso planeta.

"Tá, mas e onde que essa cena entra?". Após isso, Taikobou leva alguns de seus aliados para os confins de Jyoka, mas antes, são obrigados a enfrentar alguns de seus subordinados. Mas acontece um imprevisto, Taikobou acaba "morrendo" em uma das lutas, mas antes que sua alma vá para o Houshindai, a história recebe a intervenção de Outenkun, que transporta nosso astuto protagonista para uma dimensão paralela, onde ele revela que ele e Taikoubou são, na verdade, os dois lados de uma mesma pessoa, que era na verdade, um dos seres ancestrais que chegou na Terra junto com Jyoka, mas por uma série de acontecimentos, sua alma foi divida em duas partes, e essas partes são Outenkun e Taikoubou, que dessa vez se unem para acabar de vez com o confronto de milênios com Jyoka.

Por isso, eu digo, se você ainda não leu Houshin Engi, certamente está perdendo um dos mangás com um dos enredos mais bem conduzidos e mirabolantes que já foram publicados na Jump.


Imagem do Convidado:
E como de costume nessa coluna, agora temos a imagem do convidado. O convidado da vez é o Rubio Paloosa, do blog Omnia Undique, que escolheu uma das mais belas páginas da excelente comédia romântica Ichigo 100%! (pra variar um pouco de tanto mangá de luta/aventura que coloquei nesse post)

Ichigo 100%, de Mizuki Kawashita. (volume 19, capítulo 167)

"E então, retorno para a minha amada Nishino e escrevo um novo roteiro."


Talvez não seja justo dizer que a última página do manga é uma cena marcante, por outro lado, pode ser exatamente por isso que ela seja marcante. Ichigo 100% é considerado por muitos, um dos melhores romances por aí. Essa cena resume completamente o porquê de Ichigo ser uma obra tão bem vista, é algo inesperado, esse final é ao mesmo tempo algo faz todo o sentido.

Na maioria dos mangas desse gênero, é possível saber qual vai ser o casal final nos primeiros capítulos, em Ichigo, até o ultimo volume, a duvida de como vai acabar está lá, e quando ele faz a escolha, diferente do usual, isso é, ele não escolhe a heroína “principal”, mas faz uma escolha que faz sentido, algo que tinha dado milhões de dicas anteriormente, o manga eleva o seu status de um manga de romance legal até o momento, para algo muito melhor e marcante.


Então, é isso pessoal. Obrigado por ler, e confiram os textos do #JumpWeekend da galera da blogosfera Mangá-animística Brasileira.

7 comentários:

  1. haha, muito bom mesmo, todos eles. "Músculo Total" ainda ressoa na minha mente, não consigo me acostumar com o nome original =P

    Vou ser muito chato e apenas digo que gostei muito de Ichigo100% mas mesmo achando tecnicamente a decisão da autora diferente e original, tenho que dizer que preferia muito mais que ela tivesse feio o velho clichêzão de ficar com a principal. Não gostei mesmo desse final, sou chato mesmo.

    Ótimo que você colocou páginas de mangás antigos e épicos que remontam a jump como um todo, e não se focou nos atuais como poderia, não poderia esperar menos desse blog.

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  2. Essa página de Medaka é muito bonita. Mesmo sabendo do risco de spoilers pensei "hm, vou ler só a primeira linha" e quando vi ja tinha acabado os dois primeiros parágrafos xD
    Me segurei para não ler o resto (já que Hokuto no Ken está no meu Must Read e esse Houshin Engi parece muio interessante).
    Gostei da lista, bem variada como o anonimo de cima disse, e muito bem escrita também.

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  3. Todas as cenas foram muito bem escolhidas.

    A de Ichigo 100% é exatamente o que você falou, e eu considero um dos melhores finais de mangás desse genero.
    O que falta hoje nos mangás é ser imprevisivel.

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  4. Estou a caça de mangás e achei este site hj recomendado pelo meu amigo @Nintakun, e gostei demais! Excelente retrô de cenas marcantes!!!

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  5. cara, parabens pelo blog, mas bota um email ai para alguem se comunicar com vc.
    eu tinha umas perguntas mas não tem como mandar rsrssr

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    1. Eu costumo interagir com a galera mesmo ou aqui ou no Twitter (principalmente lá). Se quiser, @Nintakun lá. :D

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  6. Essa página de Ichigo 100% realmente não pode ser tão marcante, mas é bem legal. ^^

    ichigo 100% pra mim foi algo que marcou exatamente por esse final em que a autora quebra o clichê de sua história. Afinal, quem já leu outros romances shounens ao ler o primeiro capítulo de Ichigo 100% jamais imaginaria esse final justamente por se tratar de uma obra shounen. Onde normalmente vc lê somente para ver o caminho que o protagonista tomará para ficar com aquela sua "obsessão" do início e não para vê-lo ficar no final com alguém que inicialmente seria só "mais uma" de seu harém(e pra mim isso foi ótimo pois Nishino era minha garota favorita =D).

    Acho que se fosse escolher uma imagem marcante da história, seria justamente a cena em que o Manaka rejeita a Toujo por ser algo que te deixa boquiaberto ao ver que o clichê foi quebrado.

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