quarta-feira, 23 de março de 2011

Resenha : Riki-Oh

Riki-Oh
Autor: Masahiko Takajo(Roteiro) e Tetsuya Saruwatari(Arte)
Gênero: Ação
Período de Publicação: 1987-1990
Serialização: Business Jump (Shueisha)
Número de Volumes: 12

Depois de um bom tempo sem postar nada novo, cá estou de volta com mais uma análise, dessa vez falo de um dos mangás mais Trash de todos os tempos, uma famosa série com muita violência e pancadaria que ganhou um filme live-action feito em Hong Kong (que é hilário de tão violento e tosco que é) e vira e mexe passa em algum programa de filmes da madrugada. "Que mangá é esse, Nintakun?" Estou falando de Riki-Oh, a jornada do herói da violência.






O mangá se passa no final dos anos 90, com o mundo passando por uma enorme crise ambiental e econômica onde as pessoas sobrevivem como podem(notem a leve semelhança com Hokuto no Ken nesse quesito). Em uma remota prisão, onde reina a violência e a corrupção, se encontra um homem que possui uma marca de uma estrela de seis pontas em sua mão que foi mandado para lá por agressão. Este é o herói da nossa história, Saiga Riki-Oh, de 21 anos, que está preso nesse remoto lugar em busca de respostas.

Dentro da Prisão, Riki-Oh conhece vários aliados e inimigos, entre eles, os 4 reis celestiais, que são os caras mais poderosos da prisão, e também os mais cheios de privilégios. Vendo que Riki-Oh fica conhecido por vários incidentes e brigas na prisão que resultaram em morte, os 4 reis celestiais ficam interessados em sua força sobre-humana e o desafiam. No meio do combate com um deles, Riki-Oh é ferido e posto numa cela de segurança máxima até a chegada do diretor da prisão, que durante uma conversa com um de seus subordinados acaba deixando escapar informações sobre o que Riki-Oh procura, e sabendo disso, Riki-Oh escapa da prisão (afinal, ele estava lá para conseguir informações sobre isso) para partir em uma jornada em busca do que procura (Vocês querem mesmo que eu diga o que é e assim estragar a surpresa? =P)

O mangá em si, demora um pouco pra começar a empolgar o leitor(comigo demorou uns 2 ou 3 volumes). Durante a jornada, Riki-Oh encontra inimigos sanguinários dos mais diferentes tipos, desde simples lutadores, soldados neonazistas, caçadores de recompensas, e até mesmo Ciborgues e andróides (pra se ter uma ideia da viagem que esse mangá dá)!


Uma das marcas registradas da série, sem dúvida alguma, é a exageradíssima quantidade de violência, tanto que o título do mangá (assim como o nome do protagonista) pode ser traduzido como o "Rei da violência" ou "Rei da força", chegando a momentos em que durante as sangrentas batalhas de Riki-Oh, ele chega a lembrar o conhecido Kenshiro de Hokuto no Ken. Algumas mutilações chegam a ser hilárias de tão absurdas (se você chegou a assistir ao filme live-action, provavelmente deve ter dado umas boas risadas), sendo assim facilmente considerado um dos mangás de luta mais surreais de todos os tempos (Lembrando que em HnK a explicação para a força de Kenshiro é o uso do Hokuto Shinken, aqui, a explicação da força de Riki-Oh não é muito esclarecida).

Os traços do mangá são um tanto genéricos, considerando que esse foi o primeiro mangá em que o desenhista Tetsuya Saruwatari fez sucesso, é aceitável (se olharmos Tough, sua obra atual, podemos perceber o quanto o traço dele evoluiu), o grande destaque para a arte do mangá, são as mutilações, desmembramentos e sangue voando para tudo quanto é lado que são bem detalhados. Uma coisa curiosa que notei neste mangá, é alguns "erros de desenho" (como esses 3 links abaixo mostram) em algumas cenas, por exemplo: Na cena que Riki-Oh escapa da prisão, ele dá um soco no muro. Quando ele está indo em direção ao muro, ele está usando uma camisa; depois no quadro que mostra ele dando o soco no muro, é mostrado sem a camisa; e na página seguinte quando ele sai pelo muro quebrado, está com a camisa outra vez. Vale notar também que os cenários são bem feitos e estruturados, sendo outro ponto alto da arte.


imagem 1
imagem 2
   imagem 3

Não há muitos personagens importantes no mangá além de Riki-Oh, apenas depois da metade da série, aparecem alguns de vital importância para a história, mas sem tanta relevância. Por isso não há muito o que falar(sem dar spoilers) da seleção de personagens da série além de Riki-Oh, que como eu já disse, se assemelha bastante ao Kenshiro de Hokuto no Ken, tanto em sua força sobre-humana como no seu forte senso de Justiça, se você já leu HnK, com certeza já deve saber o que esperar do personagem, tanto que às vezes acho que o "Oh" de seu nome é dos inimigos dizendo "Oh! My God, ele vai acabar com a gente"(piada vinda de um site americano de filmes em uma análise sobre o filme)

O mangá tem uma relativa fama pelo mundo por causa de seu filme live-action conhecido em alguns países como "Riki-Oh: The Story of Ricky" (sim, alguns países romanizam o nome como "Ricky", ocidentalizando o nome). A série não recebeu um anime pra TV (o que é altamente compreensível, devido ao absurdo nível de violência do mangá até mesmo para mangás seinen), mas recebeu dois OVAs no meio dos anos 90, que parecem ser fiéis a série, mas não posso dizer muito pois eu nunca os assisti.

Veredito final:
Riki-Oh é um mangá genérico, porém ainda assim, bem divertido de se ler. As cenas de luta são tão selvagens que empolgam o leitor a continuar lendo o mangá. Se o mangá não te empolgou no começo, não desanime, tente mais uma vez (pra mim, o mangá só começa a ficar empolgante de verdade a partir do volume 3). Riki-Oh pode ser uma versão zuada de Hokuto no Ken, mas ainda sim vale a leitura. Algumas cenas violentas serão bem engraçadas até.


Nota: 7.0

Onde encontrar:
Como de costume, é fácil de achar em Japonês e em inglês em sites de Raws ou leitores online de mangás. Em português, ele foi lançado pela Chrono scanlator até o final com ótima qualidade de tradução e edição.

Para encerrar o post, deixo um trecho do filme(muito difícil de não rir) e uma AMV feita com cenas do primeiro OVA





Até a próxima e comentem!

Um comentário:

  1. Bela review....alem de ler o manga eu vi o filme tb...acho que nunca ri tanto (ainda mais na cena final..ops sem spoilers)

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